Alunos do mestrado do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz participam de encontro presencial na ENSP/Fiocruz
O objetivo de contribuir para a qualificação de profissionais e para o fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de vigilância em saúde em respostas às emergências de saúde pública de importância nacional e internacional na fronteira do Brasil e nos países vizinhos está se concretizando. Os 32 alunos do mestrado do Programa Educacional em Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras-Brasil) da Fiocruz venceram, esta semana, mais uma etapa do mestrado que estão cursando. Ao participar da disciplina Seminários 3, avançaram mais alguns passos em direção à apresentação das dissertações de conclusão da formação, iniciada em novembro de 2021. O encontro aconteceu na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz).
Professores dos programas de Pós-Graduação em Epidemiologia em Saúde Pública, Saúde Pública e Meio Ambiente e Saúde Pública da ENSP/Fiocruz, do Programa de Pós-Graduação em Condições de Vida e Situações de Saúde na Amazônia (ILMD/Fiocruz Amazonas) e docentes da Fiocruz Mato Grosso do Sul se revezaram para discutir e orientar os alunos nessa reta final. As dissertações vão contribuir com temas como vigilância comunitária, vigilância hospitalar, mortalidade de povos indígenas, vigilância da Covid-19 e doenças negligenciadas, como a malária, a toxoplasmose, filariose, doença de Chagas, e a tuberculose, reemergentes, como o sarampo, atenção à saúde nas fronteiras, violência contra a mulher e cobertura vacinal, entre outros.
Segundo a coordenadora geral do Programa VigiFronteiras-Brasil/Fiocruz, Eduarda Cesse, a semana superou as expectativas. “A disciplina Seminário 3 voltada para os mestrandos do VigiFronteiras foi cheia de emoções, trocas e produção de conhecimentos. O encontro com os colegas de turma e orientadores frente a uma oferta majoritariamente remota durante esta semana se revestiu de grande significado. Os alunos estão na reta final, e esse encontro possibilitou avaliarmos que, em breve, teremos excelentes dissertações sendo defendidas”, comentou.
RECEPÇÃO - Os alunos foram recepcionados na manhã do dia 21 de agosto, por Cristiani Vieira Machado, vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz; por Marcos Menezes e Enirtes Caetano, diretor e vice-diretora de ensino, respectivamente, da ENSP/Fiocruz, além da equipe do Programa. Todos deram as boas-vindas aos discentes e docentes presentes e ressaltaram a importância do programa para a vigilância em saúde brasileira. “Essa turma é muito especial pelo caráter internacional e pela construção à muitas mãos, pelo aspecto de cooperação interna e interinstitucional, além da parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde e com a Opas; e por contar com profissionais de saúde de diferentes países e estados do Brasil que atuam na região das fronteiras, com tantas especificidades, desafios e singularidades”, comentou Cristiani. A professora Enirtes também ressaltou o caráter inovador da formação. “Esse é um projeto muito potente, costurado a muitas mãos por um conjunto de programas que se reuniram com uma proposta absolutamente inovadora. Na medida que estamos construindo, ele está nos inspirando a outros programas que, certamente surgirão a partir deste”, pontuou.
Já o professor Marcos ressaltou a importância da turma no atual cenário do Brasil, que volta a cultivar o multilateralismo numa relação solidária entre os povos e outros países da América do Sul e no enfrentamento a possíveis novas epidemias e pandemias. “Vocês estão caminhando para uma nova etapa após a formação que remete aos desafios de transformar os aprendizados da pandemia em ações concretas para o enfrentamento de nova emergências em saúde pública. O olhar da saúde de forma ampliada para as questões da saúde indígena, do impacto e da relação direta da saúde com a questão das emergências climáticas são fatos fundamentais a ser enfrentados”, concluiu.
Os alunos também participaram da palestra “Publicação de artigos científicos”, ministrada por Luciana Dias de Lima, vice-Diretora de Pesquisa e Inovação da ENSP/Fiocruz e editora chefe da Revista Cadernos de Saúde Pública.
A expectativa é que os trabalhos dos alunos sejam apresentados a partir de outubro e concluídos em meados de 2024.