1° Painel de Vigilância Laboratorial apresenta estrutura de vigilância em saúde nacional
Os alunos do Mestrado Profissional do Programa em Saúde Pública com foco na vigilância, preparação e resposta a eventos de importância nacional (VigiLabSaúde-Fiocruz) participaram, ontem (27), do 1° Painel de Vigilância Laboratorial. A atividade abriu a disciplina Seminários Avançados 1, da qual participam, até o dia 1° de dezembro, na Fiocruz Brasília. A programação incluiu a apresentação da estrutura, responsabilidades e estratégias adotadas, no dia a dia, por setores da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde envolvidos diretamente na Vigilância Laboratorial em Saúde em nível nacional, dando uma visão ampla do que está sendo realizado para aperfeiçoar e recompor a área em termos de estrutura e ações. O evento foi transmitido pelo canal oficial da Fiocruz no YouTube.
A primeira fala foi realizada por Guilherme Werneck, Diretor do Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde e Ambiente (Daevs) da SVSA/MS. Ele apresentou a nova estrutura da secretaria, seus departamentos e os novos arranjos e mudanças que vêm sendo feitas para que o foco da o departamento passe a ser ainda mais estruturante. “O papel do DAEVS é mais estruturante do que finalístico. Realizamos articulações interfederativas para mapear dificuldades e levantar propostas para a melhoria da vigilância em saúde e laboratorial do país”, comentou. Entre as ações recentes, ele destacou o PQA-VS, programa que vem estimulando e premiando o planejamento e a programação de ações de vigilância em saúde pelos municípios e que, este ano, contou com a participação de todos os municípios brasileiros. A íntegra apresentação pode ser conferida aqui.
A Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB) e sua estrutura foi apresentada pela gestora da área, Marília Santini de Oliveira. Ela falou sobre a os desafios e perspectivas da Estratégia Nacional de Vigilância Laboratorial e apresentou as áreas de atuação do Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública (Sislab). Mostrou como funciona a rede de laboratórios de referência nacional que atuam no registro de doenças de notificação compulsória e citou as melhorias que vêm sendo realizadas no Sistema de Informação Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL). Ressaltou as necessidades de avançar ainda mais na padronização das informações e inclusão de novos agravos e mostrou algumas possibilidades de montagem de painéis de monitoramento com os dados. Ela comentou, ainda, sobre os desafios a serem enfrentados com o recebimento de recursos do PAC-Saúde e futura inclusão de novos agravos, como neoplasias e doenças diagnosticadas, por exemplo, pelo teste do pezinho. A apresentação completa pode ser acessada aqui.
Por sua vez, Carlos Vidotti, representante da Coordenação Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços da SVSA/MS, apresentou o leque de programas conduzidos pela coordenação voltados para capacitação em nível básico, intermediário e avançado oferecidos pela Ministério. Na sua fala, citou uma série de publicações na área de vigilância em saúde que são produzidas pelo Ministério da Saúde, a exemplo dos três volumes do Guia de Vigilância em Saúde, os boletins epidemiológicos e o recém-lançado e inédito Boletim Epidemiológico Saúde da População Negra. Também apresentou os eventos e publicações científicas organizadas pelo Ministério da Saúde, como a Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde e o Sumário Executivo do Encontro Científico de Pesquisas Aplicadas à Vigilância em Saúde. A apresentação pode ser visualizada na íntegra na seção documentos.
A abertura do painel e a mediação das palestras foram realizadas pelas coordenadoras geral e acadêmica do Programa VigiLabSaúde/Fiocruz, Eduarda Cesse e Andréa Sobral, respectivamente. Eduarda Cesse, ressaltou a importância da formação para a área de vigilância laboratorial e do encontro presencial entre alunos, corpo docente e orientadores. “A natureza do formato do nosso programa permitiu que muitos, senão a maioria, pudesse estar conosco exercendo suas atividades profissionais. O formato híbrido permitiu essa capilaridade e, principalmente, a qualificação em alto nível desses profissionais que não apenas vão aplicar os conhecimentos no fazer do dia a dia, mas também serão multiplicadores desse saber científico”.
Já Andréa Sobral, rememorou o contexto estratégico em que o programa está inserido. “Há um consenso global sobre a necessidade de preparo dos governos, dos sistemas de saúde e dos profissionais para dar respostas rápidas frente a situações de surtos, epidemias e pandemias. Nesse cenário, inserimos o VigiLabSaúde-Fiocruz com o intuito de preparar, em alto nível os profissionais de saúde que atuam na gestão e na rede de laboratórios capazes de realizar a identificação de patógenos emergentes e reemergentes”, destacou.
Atualmente, o Programa VigiLabSaúde-Fiocruz conta com 50 alunos cursando o Mestrado Profissional e o Doutorado Acadêmico que estão sendo ofertados por meio de um consórcio entre Programas de Pós-Graduação da Fiocruz com apoio e financiamento da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde.
Quem não pode acompanhar a transmissão ao vivo do 1° Painel de Vigilância Laboratorial doPrograma VigiLabSaúde-Fiocruz pode assistir as palestras no canal oficial da Fiocruz no YouTube. A transmissão contou com a parceria dos núcleos de audiovisual da Coordenação de Comunicação da Fiocruz e da Fiocruz Brasília.