Formar profissionais e gestores com Pós-Graduação em Vigilância em Saúde nas Fronteiras é estratégico

Os intensos fluxos de pessoas nas regiões de fronteira entre países trazem consequências para a saúde das populações, possibilitando a entrada de agentes e a disseminação de doenças infecciosas. A maior vulnerabilidade ocorre nos municípios localizados na região fronteiriça em situações de epidemias e emergências em saúde pública, como a que estamos vivendo atualmente com a Covid-19. A intensidade desses fluxos desafia a vigilância e o controle de doenças, a programação de imunizações e o cálculo de estimativas de cobertura populacional, assim como o tratamento e o acompanhamento dos pacientes.

Por isso, a capacitação de profissionais dos sistemas de saúde, em particular daqueles envolvidos nas ações de vigilância e resposta a emergências de saúde pública nessa região de fronteiras, é estratégica.

A formação tem impacto no fortalecimento de redes de colaboração, no desenvolvimento de ações intersetoriais para intervenção sobre problemas de saúde que requerem atenção e acompanhamento contínuos, adoção do conceito de risco, articulação entre ações promocionais, preventivas, curativas e reabilitadoras, ações sobre o território e intervenção sob a forma de operações.

Em breve, vamos lançar a chamada pública para seleção do Programa Educacional Vigilância em Saúde nas Fronteiras (VigiFronteiras – Brasil) que tem como objetivo formar mestres e doutores para contribuir com o fortalecimento das ações e serviços de vigilância em saúde nas regiões da faixa de fronteira do Brasil e nos países sul-americanos vizinhos (Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela, e uma Região Ultramarina da França, a Guiana Francesa).

A iniciativa conta com apoio da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Em breve, mais informações.