
Disciplina do Programa VigiLabSaúde promove aprendizado colaborativo
Ao longo de uma semana, de 25 a 29 de agosto, na Fiocruz Brasília, os alunos do Programa em Saúde Pública com foco na Vigilância, Preparação e Resposta a Eventos de Importância Nacional (VigiLabSaúde/Fiocruz) vivenciaram uma imersão intensa e repleta de aprendizado durante a disciplina Seminários Avançados de Tese de Doutorado 3.
A coordenadora acadêmica do Programa e vice-diretora de Pesquisa e Inovação da ENSP/Fiocruz, Andréa Sobral, ressaltou a maturidade das pesquisas apresentadas. “As teses já caminham para a finalização e demonstram desenvolvimento avançado, com metodologias inovadoras voltadas à vigilância laboratorial e às emergências em saúde pública. São trabalhos com grande capacidade técnica e que trazem contribuições significativas para a vigilância em saúde e para o monitoramento de surtos e emergências.”
As teses em andamento abordam temas como saúde mental, saúde do trabalhador, inovação em saúde digital, insegurança alimentar, cobertura vacinal e interculturalidade na assistência à saúde, entre outros.
A abertura da disciplina contou com a palestra “A redação do Artigo Científico”, ministrada pela professora e pesquisadora Maria Cynthia Braga, do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz Pernambuco). A atividade levou os doutorandos a refletirem sobre critérios de submissão a revistas científicas, aspectos metodológicos, análise de dados e estratégias de estruturação de artigos, pontos essenciais da escrita acadêmica.
A doutoranda Luana Pastana, natural de Belém do Pará, definiu a palestra como extremamente oportuna, especialmente porque sua tese se encontra na fase de elaboração de artigos. “No mesmo dia à noite, fui revisar o artigo que já tinha escrito para verificar se estava dentro daquilo que ela havia orientado para uma submissão. Vários pontos que a professora colocou foram fundamentais para esse momento de elaboração e submissão dos artigos.”
Sobre a semana, Luana avaliou que a disciplina foi especialmente produtiva e importante por possibilitar o reencontro presencial com colegas e professores, após anos de atividades online. “Como todos atuamos profissionalmente no campo da vigilância em saúde, acompanhar a evolução dos trabalhos dos colegas se torna uma forma potente de aprendizado. Ao observar as outras apresentações e ouvir os comentários dos professores, acabamos absorvendo elementos para aplicar em nosso próprio projeto. Uma troca de informações gigantesca”, ressaltou ela.
Faltando um ano para a defesa das teses, com conclusão prevista para agosto de 2027, ela também projetou suas expectativas: “Vai ser um ano intenso. Agora é foco total na tese, para entregar dentro do prazo e seguir para a defesa, com dedicação aos produtos que precisam ser elaborados, às análises e aos ajustes necessários.”
Já o doutorando André Abreu, de Goiás, enfatizou o acolhimento da equipe do Programa. “Dá uma sensação de conforto, diminui um pouco a pressão que estávamos sentindo.” Ele também destacou a troca com professores e orientadores como crucial para o avanço dos projetos. “Nos seminários, amadurecemos a visão sobre o próprio trabalho. Entender como outras pessoas estão escrevendo e perceber nossos pontos críticos durante os debates é muito promissor. Isso vem fortalecendo o trabalho de toda a turma. Ainda temos uma série de melhorias a fazer, mas esse processo vem qualificando cada vez mais nossas pesquisas.”
Sobre a conclusão do curso, André acrescentou: “O foco agora é trabalhar nos pontos fundamentais para termos uma tese com o peso que ela deve ter, capaz de trazer retorno e melhorias para o sistema de saúde, com uma visão crítica.”
A última disciplina do curso está prevista para 2026, marcando a reta final da formação. Os trabalhos apresentados nesta semana foram avaliados quanto ao desenvolvimento, à consistência metodológica e ao uso de técnicas quantitativas e qualitativas. As discussões, mediadas pelos docentes e enriquecidas pela participação ativa da turma, reforçaram o aprendizado coletivo e o intercâmbio de experiências.