
Mestrado VigiLabSaúde-Brasil/Fiocruz é concluído com 27 trabalhos defendidos
A primeira turma do Mestrado Profissional do Programa em Saúde Pública com foco na vigilância, preparação e resposta a eventos de importância nacional (VigiLabSaúde-Fiocruz), foi encerrada quarta-feira, 9 de abril, com a defesa do último trabalho de conclusão. A iniciativa formou 27 alunos, com trabalhos sobre Covid-19, tuberculose, hanseníase, sífilis congênita, avaliação de protocolos de vigilância laboratorial, entre outros temas, que representam um valioso acervo de conhecimento e soluções inovadoras para melhoria diagnóstica de doenças e o enfrentamento de surtos, desafios para a saúde pública brasileira na atualidade.
Com uma estrutura curricular organizada em 11 eixos temáticos, ofertado de forma gratuita e híbrida com o intuito de ampliar o acesso de profissionais de todo país a uma formação em alto nível, o curso combinou teoria e prática, através de disciplinas essenciais, como gestão de laboratórios de saúde pública, estatística aplicada e epidemiologia de campo.
Segundo Eduarda Cesse, coordenadora geral de Educação da Fiocruz e do Programa, a pós-graduação tem impacto direto na sociedade. “Ao formar profissionais especializados com foco na vigilância, preparação e resposta a eventos de importância nacional e, assim, contribuir para a resposta rápida frente a desafios que se colocam na atualidade e que acometem de forma específica as diferentes regiões do país, contribuímos para fortalecer o SUS e o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde”, celebra ela.
Para Andréa Sobral, coordenadora Acadêmica do Programa, a formação foi avaliada como robusta e aplicada. “A diversidade dos 30 alunos selecionados, dos quais 27 se formaram, com formações variadas (médicos, enfermeiros, biomédicos etc.), enriquece a troca de experiências e reforça o caráter nacional e inclusivo do programa, tornando esta turma um marco para a vigilância em saúde no país”, ressaltou. O Mestrado Profissional contou com a participação de profissionais que atuam em 15 estados brasileiros e que atuam na Vigilância em Saúde em diferentes esferas governamentais (federal, estadual e municipal).
Ainda segundo a coordenadora acadêmica, a iniciativa reflete a estratégia da Fiocruz de contribuir para a formação de recursos humanos que atuam na área de saúde pública, e na primeira linha de resposta laboratorial a emergências de saúde pública, como epidemias e pandemias.“Para os estudantes, o curso ofereceu formação gratuita, multidisciplinar e prática, com acesso a redes de colaboração nacional, oportunidades de pesquisa aplicada e impacto direto em suas carreiras, além de gerar publicações científicas, produtos técnicos e tecnológicos e aprimoramento técnico”, declarou.
O acompanhamento realizado por docentes experientes, a produção de produtos técnicos/ tecnológicos, artigos científicos, capítulos de livros e participação em eventos acadêmicos ao longo da formação demonstraram um alto nível de engajamento e impacto na carreira dos discentes.
Por sua vez, Eduarda Cesse pontuou, ainda, que as pesquisas desenvolvidas auxiliam na melhoria da qualidade diagnóstica em laboratórios públicos, refinam políticas de vigilância baseadas em dados regionais e fortalecem a integração entre serviços de saúde e pesquisa. Como por exemplo, os estudos sobre sífilis congênita, controle da leishmaniose e desempenho de laboratórios, que podem colaborar para direcionar investimentos e ações estratégicas no SUS.
O curso foi ofertado por meio de um consórcio inédito entre Programas de Pós-Graduação da Fiocruz, com apoio e financiamento da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde (SVSA/MS). Os 20 alunos do Doutorado Acadêmico do Programa VigLabSaúde continuam sua jornada e devem concluir o curso até fevereiro de 2027.
Para quem deseja fazer uma pós-graduação da Fiocruz, Eduarda recomenda: “Fique atento às oportunidades que a instituição oferece nesse campo de conhecimentos e práticas. Os diversos programas da Fiocruz guardam expertise com a temática”. Mais informações sobre os cursos podem ser encontradas no Campos Virtual Fiocruz e Portal VigiSaúde.
Confira, a seguir, links para matérias sobre os 27 trabalhos defendidos pelos alunos. Vídeos sobre a produção acadêmica do programa também podem ser conferidos no YouTube e no perfil no Instagram @formacaovigisaudefiocruz. As dissertações completas podem ser acessadas no Repositório Institucional da Fiocruz – Arca.
Produção acadêmica do Mestrado Profissional do Programa VigiLabSaúde-Brasil/Fiocruz
1. Estudo da composição físico-química do sal para consumo humano produzido no Rio Grande do Norte - Aline Felipe da Fonseca
2. Aspectos epidemiológicos e temporo-espacial dos casos notificados de meningite em Sergipe, 2012 – 2022 - Aline Marinho
3. Gestão laboratorial baseada em indicadores da qualidade: a experiência do LACEN/BA na promoção de respostas rápidas durante a pandemia da Covid-19 - Arabela Leal e Silva de Mello
4.Qualidade bacteriológica e toxicológica das águas de hemodiálise em serviços de referência de nefrologia, na cidade de Natal, no período 2016 a 2022 - Dayanne Cristina Dantas
5. Conhecimentos dos profissionais de enfermagem sobre lesão por pressão no Sistema Único de Saúde de Jati, Ceará - Israely Gomes de Lucena.
6. Sífilis gestacional e congênita na III macrorregião de saúde de Pernambuco: análise epidemiológica e sociodemográfica - Kamila Thaís Marcula
7. Avaliação da funcionalidade de um formulário eletrônico (REDCap) utilizado na vigilância de ambientes da febre maculosa e descrição dos dados ambientais e laboratoriais obtidos entre 2022 e 2023 no Brasil - Ana Carolina Mota de Faria
8. Sífilis congênita em Santos (SP): Um retrato temporal de 2017-2021 - Willian Marques Fioratti
9. Avaliação da Rede de diagnóstico da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB) através do teste IGRA no Estado do rio Grande do Norte - Kaylane Alves de Matos Freire
10.Vigilância laboratorial do HIV no Alto Solimões: análise de cargas virais realizadas em Tabatinga 2021 a 2023- Allan Charles Pereira
11. Avaliação dos Atributos da Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal no Município do Rio de Janeiro, 2019 a 2023 - Karoline Moreira Duffrayer
12. Vigilância do sarampo e da rubéola no Brasil sob a ótica de metas e indicadores de qualidade: uma revisão integrativa - Maria Izabel Lopes
13. Análise da Rede Nacional dos Serviços de Verificação De Óbito (RNSVO) a partir da criação de indicadores de desempenho para o serviço - Pedro Henrique Presta Dias
14. Análise do Controle de Qualidade Laboratorial da Malária, realizado no Lacen-AP, de 2016 a 2022 - Wanuyze Guimarães
15. Atendimentos Individuais de Homens na Atenção Primária à Saúde no Brasil, de 2017 a 2021- Julianna Miwa Takarabe
16. Evolução das Taxas de fecundidade para adolescentes no Brasil e macrorregiões, 2012-2021 - Kátia Gustmann
17. Análise epidemiológica e fatores de associação de casos graves e óbitos por leptospirose em Santa Catarina entre 2013 e 2022 - Alexandra Schlickmann Pereira
18. Casos de tuberculose em população indígena e não indígena notificados no estado do Amapá, no período de 2010 a 2022 - Alexandre Furtado da Silva
19. Inaptidão por sífilis entre doadores de sangue na hemorrede de Santa Catarina de 2011 a 2023 - Anderson Odilon dos Santos
20. Distribuição espacial e evolução temporal da incidência de hanseníase no Extremo Oeste de Santa Catarina, 2012 a 2021 - Andrei Gustavo Bonavigo
21. Estimativas da incidência e mortalidade de Sífilis Congênita no Rio Grande do Norte após relacionamento do SIM e Sinan, 2013 a 2022 - Fabíola Sephora Batista Pereira Fernandes
22. Notificação de Autotestes Covid-19: Estratégias Digitais e desenvolvimento de um protótipo para uso na vigilância em saúde - Thaís Bonato de Arruda
23. Incidência, mortalidade e indicadores operacionais do programa de tuberculose no Piauí: um estudo ecológico de 2012-2022 - Thallyta Maria Tavares Antunes
24. Desempenho dos laboratórios de Vigilância Epidemiológica da Rede Estadual de Laboratórios de Saúde Pública - RELSP/LACEN-BA - Américo Vieira Lima Neto
25. O Impacto do Projeto do Encoleiramento Canino no Combate a LEISHMANIOSE Visceral no Município de Imperatriz - Suely da Silva Reis
26. Perfil Epidemiológico da Tuberculose nas Populações Indígenas da Vi Regional de Saúde De Pernambuco no Período de 2010 A 2022 - Taciana Souza de Oliveira Meira
27. Conhecimentos, atitudes e práticas de profissionais que atuam na vigilância e controle das zoonoses, médicos veterinários e estudantes de medicina veterinária: um olhar sobre a leishmaniose visceral canina no Estado do Amapá - Patrícia Viegas